terça-feira, 11 de novembro de 2008

"Não deixe Marx morrer, não deixe Marx acabar"

O Post de João sobre a “Volta do defunto” e o de Bernardo Jurema sobre o Recife e suas mazelas, me fizeram refletir sobre o fato de como as questões do cotidiano estão intrinsecamente ligadas àquilo que estudamos e como nos posicionamos diante desse cotidiano. Academia, leituras, teóricos, egos inflados, vaidades de todas as idades e de diferentes Unidades Federativas só parecem acentuar e dificultar a compreensão das nossas experiências as mais corriqueiras. A contra postura, mesmo que inconscientemente, crítica que se instaura, parece limitar a visão daqueles que de tão enfurecidos com a situação atual se colocam em posições dicotômicas e excludentes. A perspectiva que parece imperar é a de uma visão que opta por uma perspectiva monista da vida em seus múltiplos aspectos. De acordo com esse ponto de vista as polarizações e falta de necessidade de se pensar mais aprofundadamente sobre algumas categorias analíticas impedem a percepção mais acurada daquilo que deu sustentação e foi de fato a gênese do processo de conhecimento, já que se deve partir da vida em suas diferentes configurações para que daí seja viabilizado o desnudamento e a compreensão da mesma.

Não deixemos que os “mortos” morram quando eles nos são demasiadamente úteis e nem percamos a certeza de que o nosso cotidiano grita por explicações e soluções.